Lula defende democracia e alerta para riscos do extremismo

Presidente compara contexto atual à ascensão de Hitler e destaca importância de respeitar escolhas populares
Por: Brado Jornal 22.jul.2025 às 10h19
Lula defende democracia e alerta para riscos do extremismo
Foto: Canal Gov
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (21.jul.2025), durante uma cúpula no Chile, que o fortalecimento da democracia é essencial, independentemente de o governo ser de direita, esquerda ou centro. Em diálogo com jornalistas, ele destacou que o encontro, organizado pelo presidente chileno Gabriel Boric, foi motivado pelos perigos do extremismo, comparando o cenário atual ao período que culminou na ascensão de Adolf Hitler na Alemanha.

“A democracia que corre risco com o extremismo como correu na fundação do Partido Nazista. Como morreu com a questão da ascensão do Hitler. O que nós queremos é a democracia. Não importa que seja de direita, que seja de esquerda, que seja de centro”, declarou Lula.

Para o presidente, a essência da democracia está na liberdade do povo de escolher seus representantes, sejam eles conservadores, trabalhadores ou empresários. “Não importa que o cara que seja eleito seja um cara de pensamento conservador. O povo é que vai escolher. O que importa é que ele respeite o direito dos outros, que ele não seja mentiroso”, afirmou.

Embora Lula não tenha mencionado diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), suas críticas à desinformação e à mentira frequentemente são associadas ao seu antecessor.

Durante o discurso de encerramento da cúpula, Lula reforçou a necessidade de combater a desinformação e regulamentar plataformas digitais. “Concordamos sobre a necessidade de regulamentação das plataformas digitais e do combate à desinformação para devolver ao Estado a capacidade de proteger os seus cidadãos. […] liberdade de expressão não se confunde com autorização para incitar a violência, difundir o ódio, cometer crimes e atacar o Estado democrático de Direito”, declarou.

A cúpula contou com a participação de líderes de Uruguai, Colômbia e Espanha. Lula alertou para uma ofensiva global contra a democracia, destacando que a realização de eleições periódicas não é suficiente para garantir a legitimidade do sistema político. “A democracia liberal não foi capaz de responder aos anseios e necessidades contemporâneas. Cumprir o ritual eleitoral a cada 4 ou 5 anos não é mais suficiente. O sistema político e os partidos caíram no descrédito”, afirmou.

O presidente também enfatizou a importância de fortalecer instituições democráticas e o multilateralismo, que, segundo ele, enfrentam “sucessivos ataques”. Para Lula, ações urgentes são necessárias para proteger a democracia frente ao cenário global atual.


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