Em decisão proferida na quinta-feira, 24 de julho de 2025, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a inclusão do deputado federal Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, no inquérito que já investiga o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A investigação apura possível crime contra a soberania nacional, decorrente de articulações para pressionar os Estados Unidos a impor sanções contra Moraes, sob a justificativa de uma suposta “censura generalizada” no Brasil.
De acordo com o documento assinado por Moraes, Barros participou de reuniões com Eduardo Bolsonaro e o congressista americano Cory Mills, presidente do Subcomitê de Inteligência e Segurança Nacional da Câmara dos EUA. Nessas ocasiões, discutiram a possibilidade de sanções contra o ministro, “possivelmente sob o amparo da Lei Magnitsky, que prevê punições a indivíduos acusados de violações de direitos humanos ou corrupção”, conforme consta na decisão.
Os encontros ocorreram em maio de 2025, durante uma viagem aos Estados Unidos financiada com recursos públicos da Câmara. Segundo a petição, as articulações buscavam influenciar o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para aplicar medidas contra Moraes, o que poderia comprometer a independência do Judiciário brasileiro e submeter decisões judiciais nacionais à ingerência de um governo estrangeiro, configurando potencial atentado à soberania.
Além disso, Filipe Barros teria se reunido com representantes da SpaceX, empresa de Elon Musk, durante a mesma viagem. A petição sugere que essas ações indicam uma tentativa coordenada de interferir na autonomia do Poder Judiciário brasileiro.
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