Na tarde desta terça-feira (29), a Polícia Federal (PF), por meio de seu diretor geral, Andrei Rodrigues, confirmou ao blog a prisão da deputada federal Carla Zambelli na Itália. A captura foi realizada pela polícia italiana, com forte cooperação entre as autoridades brasileiras e italianas, destacando o papel da adidância policial na operação.
Zambelli, que possui cidadania italiana, foi conduzida a uma delegacia local, e as autoridades italianas têm um prazo de 48 horas para decidir os próximos passos: libertação, prisão domiciliar ou extradição. “A colaboração internacional foi essencial para a prisão. Agora, a justiça italiana definirá o desfecho do caso dentro do prazo estipulado”, declarou Rodrigues.
A deputada é alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) em dois inquéritos sigilosos. Um deles, conhecido como “inquérito das fake news”, apura a disseminação de desinformação e ataques contra ministros do STF. O outro, o “inquérito das milícias digitais”, examina sua suposta participação em movimentações golpistas após as eleições de 2022.
Em maio de 2024, Zambelli foi condenada por unanimidade por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por falsidade ideológica. Segundo a denúncia, ela teria orientado o hacker Walter Delgatti Neto a acessar o sistema para inserir documentos falsificados, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Em junho, seu nome foi incluído na lista de procurados da Interpol, e a condenação foi mantida pela 1ª Turma do STF.
A parlamentar deixou o Brasil pela fronteira com a Argentina antes de ser localizada na Itália.
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