Juliana, vítima de agressão brutal, segue internada sem previsão de alta em Natal

Caso de tentativa de feminicídio envolvendo ex-jogador de basquete gera investigação e revolta
Por: Brado Jornal 04.ago.2025 às 09h16
Juliana, vítima de agressão brutal, segue internada sem previsão de alta em Natal
• Reprodução/Redes Sociais
Juliana Garcia, brutalmente agredida com 61 socos pelo namorado, Igor Eduardo Pereira Cabral, permanece internada no Hospital Universitário Onofre Lopes, da UFRN, em Natal, sem data definida para receber alta. A informação foi confirmada neste domingo (3) por Renata Araújo, advogada de defesa da vítima. Segundo a advogada, Juliana "está bem e em processo de recuperação no hospital", após passar por uma cirurgia de reconstrução facial na sexta-feira (1º) devido aos graves ferimentos causados pela violência.

A defesa de Juliana destacou nas redes sociais que a vítima tem recebido apoio de diversas pessoas, que manifestaram desejo de enviar flores e presentes. No entanto, Renata Araújo esclareceu que, "por orientação médica e para evitar riscos, não está sendo permitido o recebimento de flores no hospital". Visitas de pessoas fora da rede de apoio de Juliana também não estão autorizadas no momento.

O caso, registrado por câmeras de segurança em 26 de julho, chocou a população. Juliana sofreu ferimentos graves, incluindo um "enorme" edema facial, e relatou à polícia que já havia sofrido agressões anteriores, como empurrões, além de violência psicológica grave por parte de Igor Cabral. O ex-jogador de basquete, de 29 anos, que integrou a seleção brasileira de basquete 3x3 e participou de torneios internacionais, incluindo campeonatos mundiais e registros nos Jogos Olímpicos, foi preso preventivamente e está sendo investigado por tentativa de feminicídio.

Igor Cabral, por sua vez, alegou em depoimento que sofreu um "surto claustrofóbico" no elevador, onde a agressão ocorreu, após Juliana tê-lo xingado e rasgado sua camisa. Ele também afirmou ter sido vítima de agressão física dentro da Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim (RN), onde está detido. A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) do Rio Grande do Norte informou à CNN que, após denúncia recebida na sexta-feira (1), adotou providências imediatas. Cabral foi encaminhado ao Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) para exame de corpo de delito, e a Polícia Civil, junto à Corregedoria do Sistema Prisional, investigará as alegações de violência contra ele na prisão.

A repercussão do caso levou Cabral a desativar suas redes sociais. A Polícia Civil segue apurando os detalhes da agressão contra Juliana, enquanto a Corregedoria do Sistema Prisional analisa as denúncias de violência na cadeia.


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