O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reassumiu a liderança de uma sessão plenária na noite de 6 de agosto de 2025, marcada por tumultos, e condenou a ocupação física da Mesa Diretora por deputados da oposição. Ele destacou que manifestações são legítimas, desde que respeitem a Constituição e o regimento da Casa. “Estamos hoje oficialmente aqui retomando nossos trabalhos. O que aconteceu entre o dia de hoje no movimento de obstrução física ontem não fez bem a essa Casa. A oposição tem todo o direito de se manifestar, a oposição tem todo o direito de expressar sua vontade, mas tudo isso tem que ser feito obedecendo nosso regimento, nossa Constituição,” afirmou Motta.
Os protestos, realizados por parlamentares oposicionistas, foram motivados pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e incluíram críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Durante o dia, deputados usaram fitas na boca, correntes nas mãos e realizaram transmissões ao vivo nas redes sociais, exigindo a votação de um projeto de lei para anistiar os condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, além de pedirem o impeachment de Moraes.
Na noite de 6 de agosto, a sessão marcada para as 20h30 começou com uma hora de atraso, já que Motta foi impedido de ocupar a cadeira da presidência, tomada pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS). A Mesa Diretora estava completamente ocupada por oposicionistas, que se recusaram a retornar aos seus lugares no plenário, mesmo após o pedido do presidente. “Não vamos permitir que atos como esse que aconteceram entre o dia de ontem e o dia de hoje possam ser maiores que o plenário e a vontade dessa Casa. Não estou aqui para momentaneamente agradar nenhum dos polos,” declarou Motta.
A ocupação das mesas diretoras da Câmara e do Senado por parlamentares da oposição começou na noite anterior, com o objetivo de paralisar as atividades legislativas em protesto contra a prisão de Bolsonaro e para pressionar pela pauta da anistia. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) reforçou a segurança no entorno do Congresso devido ao clima de tensão.
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