O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu, durante o evento Warren Day em São Paulo, em 18 de agosto de 2025, que o Brasil faça concessões econômicas para contornar as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Segundo ele, oferecer “uma vitória” ao presidente americano Donald Trump poderia facilitar as negociações.
“Ele (Trump) vive da economia da atenção. Ele gosta de sentar, botar um chefe de Estado ao lado dele e dizer: ‘olha, consegui uma vitória’. Por que não entregar uma vitória para ele, fazer um gesto?”, afirmou Tarcísio.
As tarifas, em vigor desde 6 de agosto, afetam 55% das exportações brasileiras para os EUA, incluindo itens como café, carne bovina e maquinário de engenharia civil. O governo Trump justificou a medida citando o déficit comercial, decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra plataformas digitais, o processo penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe em 2022 e alegações de que o Pix prejudica empresas americanas.
Tarcísio destacou questões econômicas como possíveis pontos de negociação. “A gente não precisa do diesel da Rússia para nada. Será que a gente não pode fazer um gesto nesse sentido?”, questionou, mencionando também os investimentos de empresas brasileiras nos EUA. Suas declarações, focadas em aspectos comerciais, geraram críticas do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA desde o início de 2025 para pressionar o governo Trump a adotar medidas contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso de seu pai. Eduardo afirmou que os EUA esperam uma “sinalização” em relação ao STF, e não apenas acordos econômicos.
Os EUA intensificaram as pressões ao cancelar o visto do ministro Alexandre de Moraes e impor sanções financeiras contra ele via Lei Magnitsky, em um contexto de tensões políticas e comerciais entre os dois países.
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