Na tarde de segunda-feira (1º), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, foi alvo de insultos e tentativas de provocação durante um voo comercial de São Luís, no Maranhão, com destino a Brasília. O episódio, que ocorreu às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Primeira Turma do STF, envolveu uma passageira que gritava ofensas e tentou se aproximar do ministro.
Segundo relatos, Dino estava sentado, trabalhando com a cabeça baixa, quando a mulher embarcou e começou a proferir ataques verbais. Ela declarou que “não respeita essa espécie de gente” e que “este avião está contaminado”. A passageira, identificada como Maria Shirlei Piontkievicz, enfermeira e servidora do governo do Paraná, também questionou: “onde o comunismo deu certo?”. Além disso, gritava frases como “o Dino está aqui”, apontando para o ministro, em uma aparente tentativa de incitar outros passageiros.
Um segurança do ministro interveio, posicionando-se entre Dino e a mulher, que foi advertida pela chefe de cabine da companhia aérea Latam. Um agente da Polícia Federal, presente no aeroporto de São Luís, entrou na aeronave, abordou a passageira e informou que o caso seria comunicado à superintendência da PF em Brasília. Após o pouso na capital federal, às 19h10, Maria Shirlei foi conduzida por agentes federais para prestar depoimento. Ao deixar o avião, ela pediu que outros passageiros filmassem a situação, exclamando: “Cadê o celular de vocês para filmar essa palhaçada? Parece que vieram pegar o Bolsonaro aqui dentro”.
A assessoria de Flávio Dino emitiu uma nota lamentando o ocorrido: “Agressões físicas e verbais, ainda mais no interior de um avião, são inaceitáveis, inclusive por atrapalhar outros passageiros e colocar em risco a operação do próprio voo, que é um serviço essencial”. O ministro, que integra a Primeira Turma do STF ao lado de Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux, não reagiu às provocações e permaneceu em silêncio durante o incidente.
O caso aconteceu na véspera do julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus, acusados de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Dino, indicado ao STF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, participará da análise do processo, que começou na terça-feira (2). A companhia aérea Latam informou que está apurando o ocorrido.
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