Mesmo com a decisão de União Brasil e PP de deixarem oficialmente a base do governo, a ala governista da federação deve continuar alinhada ao presidente Lula nas votações no Congresso. Segundo apuração do analista político Pedro Venceslau, a saída das siglas não deve impactar de forma significativa a dinâmica de apoio da bancada no Legislativo.
A retirada anunciada pelos líderes partidários tem caráter seletivo, atingindo apenas parlamentares com mandato que ocupam cargos no Executivo. Com isso, o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), e o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), devem deixar seus postos. Já ocupantes de cargos sem mandato eletivo, como o presidente da Caixa, Carlos Vieira, indicado por Arthur Lira, o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o ministro das Comunicações, Frederico Siqueira, não serão afetados pela decisão.
O Planalto busca manter uma ala dissidente dentro da União Brasil para garantir votos em projetos prioritários, como a isenção de imposto de renda para quem ganha até cinco salários mínimos e a PEC da segurança pública. A estratégia reflete a necessidade de preservar apoio no Congresso em meio às articulações políticas.
Impactos e estratégias políticas
Não há expectativa de punições aos parlamentares que continuarem apoiando o governo, indicando uma postura de tolerância nas votações. Para alguns analistas, o movimento das siglas pode estar ligado a estratégias para 2026, visando fortalecer candidaturas de oposição. Nos bastidores, já começou a disputa pelos ministérios do Turismo e do Esporte, vistos como estratégicos devido à realização da COP30 e à relevância das políticas esportivas no país.
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