Em Jequié, no Vale do Jiquiriçá, a gestão do prefeito Zenildo Brandão Santana, conhecido como Zé Cocá (PP), tem gerado controvérsias devido a contratos de alto valor e problemas no programa habitacional. Na última sexta-feira, 5, o Diário Oficial do Município publicou a contratação de três empresas para serviços de terceirização de mão de obra em secretarias municipais, com custo total superior a R$ 58 milhões, pelo período de 12 meses.
A empresa Desenvolvida – Instituto para o Desenvolvimento Humano, com sede em Salvador, foi a maior beneficiada, vencendo os Lotes 01 e 04. O primeiro, no valor de R$ 28.305.607,56, e o segundo, de R$ 14.229.711,24, totalizam R$ 42.535.318,80. Já a Fundação Aurelina Virgília Fair, localizada em Ibirataia, conquistou os Lotes 02 e 03, com valores de R$ 2.399.955,96 e R$ 8.149.956,84, respectivamente, somando R$ 10.549.912,80. Por fim, a Perfil Terceirização e Serviços, de Lauro de Freitas, venceu o Lote 05, com contrato de R$ 5.398.190,52.
Além dos gastos elevados, outro tema tem causado indignação. Em julho, famílias inscritas no programa Minha Casa Minha Vida enfrentaram dificuldades no processo de cadastro. Segundo denúncias, o setor de Habitação da Prefeitura limitou o atendimento a 50 pessoas pela manhã e 50 à tarde, por meio de distribuição de senhas, o que foi considerado humilhante por alguns moradores. O programa, voltado para famílias em vulnerabilidade social e prioritariamente para cadastrados no município, previa a construção de 496 moradias, com investimento federal superior a R$ 81 milhões.
A Prefeitura de Jequié foi contatada pela reportagem, mas até o momento não respondeu aos questionamentos. As decisões têm gerado debates acalorados entre os moradores, que cobram maior transparência na gestão dos recursos públicos.
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