Motta afirma que a anistia carece de data para inclusão em pauta ou indicação de relator

Bolsonaristas exercem pressão para aprovação do perdão aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro na Câmara, em meio a foco em temas de ampla aceitação
Por: Brado Jornal 10.set.2025 às 08h44
Motta afirma que a anistia carece de data para inclusão em pauta ou indicação de relator
Foto: Lula Marques
O deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, planeja priorizar projetos que contem com consenso entre as bancadas nas próximas sessões, adiando discussões polêmicas. Nesse contexto, o deputado Zé Carlos Motta (Republicanos-SP), integrante da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), declarou que o projeto de lei propondo anistia aos participantes das manifestações de 8 de janeiro de 2023 em Brasília não possui previsão para entrar em pauta nem para a designação de um relator responsável por analisá-lo. "A anistia não tem previsão de pauta nem de relator", afirmou Motta durante entrevista ao Congresso em Foco, destacando que a tramitação depende de articulação política e da agenda legislativa atual, dominada por reformas como a tributária e a previdenciária.

A proposta de anistia, que visa perdoar crimes associados aos atos golpistas que resultaram na invasão e depredação de prédios públicos em Brasília, tem sido impulsionada por parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles argumentam que a medida corrige supostas injustiças no tratamento dado aos manifestantes, comparando-o a anistias históricas no Brasil, como a de 1979 durante a ditadura militar. No entanto, opositores veem o texto como uma tentativa de legitimar ações antidemocráticas, o que pode gerar resistência em comissões chave.

Líderes bolsonaristas, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), intensificaram os apelos para que a votação ocorra já na semana seguinte, utilizando redes sociais e reuniões de bancada para mobilizar apoio. Eles estimam que o projeto poderia ser aprovado em regime de urgência, contornando etapas formais, mas Motta enfatizou que "não há consenso para isso no momento". A CCJ, responsável pela primeira análise, registra mais de 100 projetos em fila, o que reforça a ausência de prioridade imediata. Analistas apontam que a pressão pode crescer com o fim do ano legislativo se aproximando, mas a estratégia de Lira é evitar divisões que impactem a governabilidade do presidente Lula.


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