Em uma conversa divulgada no sábado (13.set.2025) com o jornal Folha de S.Paulo, a primeira-dama brasileira Janja Lula da Silva confessou ter passado por períodos de vulnerabilidade emocional, principalmente no segundo semestre de 2024, após sua ida à China e posicionamentos sobre o conflito em Gaza. Ela chegou a pensar em voltar para São Paulo, abandonando a capital federal.
“Eu quis arrumar minhas coisas, pegar minhas cachorras e ir embora para casa”, contou ela, ligando o episódio aos insultos online que sofreu. Janja acredita que primeiras-damas anteriores possam ter vivido situações parecidas.
Sobre Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, Janja diz não se importar com sua presença pública, mas garante que defenderá o marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de qualquer agressão. “Não é que ele precise de proteção, mas eu não permitirei ataques, venham de homem ou mulher. Dependendo da intensidade, eu me posiciono”, explicou.
No vídeo da entrevista, feita pela repórter Mônica Bergamo no Palácio da Alvorada, em Brasília, um garçom de terno aparece ao fundo servindo a primeira-dama durante as respostas. Para ver, clique aqui.
Janja também falou sobre o machismo e a misoginia que enfrentou após o vazamento de um episódio em maio de 2025, durante reunião oficial com o líder chinês Xi Jinping. Na ocasião, ela interveio de forma inesperada para discutir o algoritmo do TikTok e seus potenciais impactos no debate político brasileiro.
Seu marido, Lula, ficou aborrecido com a divulgação na mídia e esclareceu que foi ele quem iniciou o tema sobre a rede social, enquanto ela apenas acrescentou um breve comentário.
“Eu me recuso a me encaixar no molde tradicional de primeira-dama. Sempre tentam me forçar a isso, mas eu digo: ‘não, eu não entro nessa’”, declarou à Folha.
Em relação à COP30, Janja foi nomeada em maio como enviada especial do governo para questões femininas, dentro de um time de 30 representantes. Ela expressa entusiasmo pelo encontro em Belém (Pará): “Queremos ligar as demandas de uma pescadora da comunidade São Francisco, em Manaus, aos principais líderes mundiais. Assim como os conflitos armados, essas transformações afetam mais duramente mulheres e meninas”.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...