O fundador da G4 Educação, Tallis Gomes, tem promovido uma iniciativa para relatar conteúdos radicais nas redes sociais, com foco em quem manifesta alegria pela morte do influenciador conservador americano Charlie Kirk. Essa ação visa promover a harmonia no país e responsabilizar indivíduos que festejam o falecimento de civis inocentes.
Charlie Kirk, conhecido por liderar a organização Turning Point USA e por seu apoio fervoroso a Donald Trump, foi assassinado a tiros durante uma palestra na Universidade de Utah Valley, nos Estados Unidos, no dia 10 de setembro de 2025. O ativista, que abandonou os estudos para se dedicar ao ativismo político conservador, construiu uma rede influente entre jovens republicanos, arrecadando milhões para campanhas eleitorais e mobilizando voluntários em estados decisivos. Seu podcast, o Charlie Kirk Show, atingia cerca de 500 mil ouvintes mensais, e ele era visto como uma figura chave para engajar eleitores jovens no movimento MAGA (Make America Great Again).
Após o crime, diversas postagens em plataformas digitais começaram a ironizar ou celebrar o ocorrido, muitas vezes destacando a defesa de Kirk pelo armamento como ironia fatal. Em resposta, Gomes, que possui 1,5 milhão de seguidores no Instagram e é cofundador da EasyTaxi, além de mentor na G4 Educação – uma empresa que fatura R$ 500 milhões anuais e atende 55 mil clientes, tendo gerado 756 mil empregos desde 2019 –, divulgou a campanha "Demita Extremistas". O movimento, que ganhou tração entre empresários e figuras públicas, incentiva a verificação de perfis de funcionários para detectar expressões de apoio à violência, resultando em desligamentos por justa causa.
"Um favor para o Brasil", disse o empresário ao justificar a necessidade de ações firmes contra tais comportamentos. Ele enfatizou que o propósito é "pacificar país e penalizar quem comemora a morte de pessoas inocentes". Em declarações recentes, Gomes reforçou: "Se encontrada qualquer postagem comemorando o assassinato do influenciador conservador americano Charlie Kirk, o colaborador deveria ser demitido por justa causa. Isso é o artigo 287 do Código Penal. Incitação a crime é passível de processo. Não quero criminoso trabalhando comigo. Felizmente, nenhum foi encontrado".
A campanha, batizada também como "quem celebra a morte não merece sustento", tem se espalhado rapidamente. Nos Estados Unidos, demissões já ocorreram em empresas como MSNBC, Freddy's Frozen Custard & Steakburgers e Carolina Panthers, além de um distrito escolar que removeu uma professora após postagens semelhantes. Ativistas conservadores, como a influenciadora Laura Loomer, e um site dedicado a expor tais mensagens, identificaram quase 30 mil publicações, levando a punições. No Brasil, casos incluem o desligamento de um neurocirurgião de Recife que postou "Um salve a este companheiro de mira impecável", uma estilista ligada à moda que fez apologia ao crime, e um parente de político em Belo Horizonte que comentou "já vai é tarde", resultando em exoneração de uma arena esportiva.
Gomes, que observa há anos uma tendência de rotular opositores políticos de forma extrema, alertou: "Eu vejo há muitos anos. Todo mundo que discorda da esquerda é fascista, é nazista. É uma tendência de pegar tudo o que não concorda e isso acaba legitimizando malucos como esse [se referindo ao assassino de Charlie Kirk] e ele acha que está fazendo um bem". Para ele, extremistas que consomem energia com ataques ou comemorações de tragédias contaminam a cultura corporativa, a confiança e a moral no ambiente de trabalho. A iniciativa não se limita a este episódio, mas busca uma postura geral contra radicalismos que ameaçam a coesão social e empresarial.
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