O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante entrevista coletiva em Nova York, no dia 24 de setembro de 2025, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, possui informações equivocadas sobre o Brasil, o que teria levado a decisões inadequadas na relação bilateral. Lula expressou interesse em dialogar com Trump para esclarecer a realidade do país, mas foi enfático ao declarar que a soberania e a democracia brasileiras são inegociáveis.
“Eu acho que ele está mal informado em relação ao Brasil e possivelmente isso tenha levado ele a tomar algumas decisões que não são aceitáveis na relação de dois países que têm relação diplomática há mais de 200 anos”, disse Lula. Ele destacou a importância de um encontro para restabelecer a harmonia entre Brasil e Estados Unidos, afirmando: “Na hora que a gente tiver um encontro, eu acho que tudo isso ficará resolvido e o Brasil e os EUA voltarão a viver em harmonia e quimicamente estáveis.”
Lula também criticou a interferência de outros países em processos eleitorais, reforçando que a relação entre nações deve ser baseada no respeito mútuo. “Quando tiver eleição nos Estados Unidos, eu não me meto, e quando tiver eleição no Brasil, ele não se mete”, declarou. O presidente ainda mencionou um breve encontro com Trump nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, que considerou uma “surpresa boa” e um sinal de possibilidade de diálogo, apesar de não haver data confirmada para uma reunião formal.
Sobre questões comerciais, Lula contestou alegações de que os EUA teriam déficit com o Brasil, apontando que, na verdade, os americanos acumularam um superávit de US$ 410 bilhões nos ¬nos últimos 15 anos no comércio bilateral. Ele destacou a necessidade de negociações baseadas em dados corretos, indicando que as ações de Trump, como a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, podem ter sido motivadas por desinformação.
O presidente brasileiro enfatizou que está aberto a negociações que tragam benefícios mútuos, mas reiterou que a soberania e a democracia do Brasil não estão em discussão. “O que não é discutível é a soberania brasileira e a nossa democracia, isso não é discutível, nem com Trump, nem com nenhum presidente do mundo”, afirmou.
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