Em declaração divulgada nesta segunda-feira (1º.dez.2025), o senador Carlos Viana (Podemos-MG) criticou a postura adotada por Jorge Messias, chefe da Advocacia-Geral da União e nomeado pelo presidente Lula para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) anteriormente destinada a Luís Roberto Barroso. De acordo com Viana, o respaldo dado por Messias à medida do ministro Flávio Dino, que impediu a execução de R$ 42 bilhões em emendas parlamentares impositivas, tem gerado ampla insatisfação e questionamentos entre os legisladores.
A controvérsia ganhou destaque após Messias endossar o parecer favorável ao bloqueio das emendas, o que ampliou as tensões entre o Executivo e o Legislativo. Senadores planejam confrontar o indicado durante sua sabatina, agendada para o dia 10 de dezembro, cobrando esclarecimentos sobre sua visão em relação ao tema. Para tentar amenizar as objeções, Messias tem se dedicado a uma série de diálogos institucionais, incluindo tentativas de aproximação com grupos como a bancada evangélica, mas enfrenta barreiras significativas.
Viana enfatizou o peso do documento assinado pelo futuro ministro, argumentando que ele precisará rever integralmente suas conclusões para reconquistar a confiança da Casa. “Ele terá o direito de se posicionar como quiser na sabatina, mas o que pesa é o relatório que assinou anteriormente. Terá de desfazer tudo o que escreveu a favor da decisão do ministro Dino”, declarou o parlamentar. Além disso, o senador mineiro observou que Messias está “colhendo os resultados da desconfiança e da insegurança” no ambiente congressional, resultado direto de uma “insatisfação muito grande” provocada por sua alinhamento com a decisão judicial.
O contexto da indicação se complica pelo histórico recente de atritos envolvendo emendas orçamentárias, com o STF mantendo a suspensão das liberações apesar de pressões do Congresso. Relatos indicam que Viana, que preside a bancada evangélica, recusou um pedido de Messias para organizar um encontro com o grupo, afirmando que a maioria dos membros não demonstra interesse em recebê-lo. “Um encontro vá mudar o voto de cada senador”, questionou Viana, destacando a dificuldade em alterar opiniões já formadas.
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