“Para ganhar a eleição, Bolsonaro não precisou de Olavo de Carvalho”, diz o retardado mental que ignora a origem de suas ideias que julga serem próprias

Por: Leonardo Dias 23.dez.2021 às 19h37
“Para ganhar a eleição, Bolsonaro não precisou de Olavo de Carvalho”, diz o retardado mental que ignora a origem de suas ideias que julga serem próprias

Nota do editor: “A opinião de nossos articulistas não reflete, necessariamente, a opinião do grupo Brado”

O termo “retardado mental” não pode ser considerado exagerado para qualificar aqueles que compreendem a realidade com muito atraso ou médio atraso. Um quadro de retardamento mental se caracteriza também pela deficiência intelectual, que, em geral, evidencia dificuldades de aprendizado e de capacidade de intepretação em relação aos fatos e à verdade. Além disso, é claro que existem diversos níveis de retardamento mental, mas que só são possíveis de serem notados se essa não for uma regra geral entre os indivíduos que se relacionam entre si, o que infelizmente não é mais o que ocorre no Brasil, ou seja, para que retardos mentais pudessem ser identificados com facilidade seria necessário que existisse considerável quantidade de pessoas com desenvolvimento mental adequado e, no caso, não existindo, muitos que acabam sendo identificados como sendo o “padrão” são, na verdade, retardados mentais, que compreendem com muito atraso e, ainda assim, de forma distorcida, a realidade.


Como já está explícito no título desse texto, aqui pretendemos fazer uma brevíssima provocação àqueles que hoje invocam a condição de “pensadores livres de influências” que, em 2018, teriam sido, por consequência, por conta própria, “senhores dos seus próprios destinos”, mesmo enquanto multidão de milhões de pessoas, ao escolherem colaborar na eleição do nosso atual Presidente Bolsonaro. Isso volta à tona em função dos últimos acontecimentos, nos quais o escritor Olavo de Carvalho tem demonstrado descontentamento com os rumos do Governo Bolsonaro, que estaria tentando promover uma gestão tecnocrata, ao mesmo tempo em que flagrantemente negligencia o combate ideológico, afastando-se da direção dos rumos que deveria seguir, qual seja o combate ideológico e o enfretamento à ditadura de toga, lastreada em forças externas, que assola o país.  


Seja como for, aqui vamos fazer uma breve reconstrução dos fatos para responder a seguinte questão: quem apoiou no Bolsonaro e não reconhece a importância do Olavo de Carvalho na vitória eleitoral, pode ser considerado um retardado mental? Sim, não e por quê? Além disso, discutimos aqui, também, se cabe mudança de diretrizes futuras para a direita conservadora. É importante ressalvar que aqui não pretendemos, de forma alguma, achincalhar ou mesmo promover chacota daqueles que apoiam o Presidente Bolsonaro, muito pelo contrário, inclusive porque esse que vos escreve, juntamente com próprio Olavo de Carvalho, se declara, ainda, apoiador do Presidente Bolsonaro, apesar das criticas. Justamente por isso, o uso do termo “retardado mental” deve ser compreendido de forma técnica e não como um xingamento ou um adjetivo pejorativo.


Olavo de Carvalho, de forma crítica, tem procurado apontar caminhos para que o Presidente, frente à usurpação de poder que o Executivo Federal vem sofrendo, retome a condição de mandatário da nação, o que tem sido visto como “ataques”, por parte da base de apoio bolsonarista, evidenciando algo parecido com uma cizânia entre os apoiadores do Presidente e os entusiastas do Professor.


Nesse sentido, em contrapartida, o escritor tem sido alvo de descredibilização por parte de parcela significativa de bolsonaristas, que passam a classificar o Professor como uma espécie de “traidor” do bolsonarismo e até mesmo “traidor da direita conservadora”. É como se as falas isoladas de um mero cidadão comum, despossuído dos meios de ação formais próprias do aparato institucional vigente, que não ocupa cargo público algum, pudesse prejudicar o Presidente Bolsonaro, apenas por emitir opiniões em redes sociais, dar entrevistas ou publicar artigos. 


Como forma de retaliação, por parte dos bolsonaristas, a afirmação “Para ganhar a eleição, Bolsonaro não precisou de Olavo de Carvalho” tem sido repetida como um mantra, no sentido de reforçar a suposta intepretação de que o escritor não tem importância alguma ou pouco influencia a opinião pública. Não é necessário dizer que a própria percepção de que as falas do escritor podem prejudicar o Presidente e, ao mesmo tempo, são “irrelevantes” representam contradições em si mesmas.  Se o que ele diz não influencia ninguém não tem sentido que as suas declarações mereçam repúdio, como forma de que elas não “desvirtuem” os menos desavisados.  

  

Voltando um pouquinho no tempo, vamos lembrar que, contrariando todas as previsões dos institutos de pesquisa, em 2018, Bolsonaro venceu as eleições,  sem estrutura partidária, sem palanques organizados nos estados, sem campanha milionária, ao contrário, sem dinheiro nenhum, sem tempo de TV, contra a grande mídia e dos demais infinitos grupos de interesses, mas com grande apoio popular, um fenômeno inédito na  história desse país.


A concretização do cenário de vitória nas urnas da direita conservadora, até pouco tempo absolutamente alijada do processo eleitoral, pegou de surpresa praticamente toda a classe política tradicional, além de todos analistas políticos vinculados à grande mídia, surpreendidos pelo fenômeno nas eleições 2018, sem precedentes na história. Para eles, encastelados em suas respectivas bolhas, era completamente inimaginável que um candidato desvinculado da “maquina de moer do establishment” pudesse conseguir êxito e vencer um pleito, contra tudo e contra todos.


Mas, como será que isso foi possível? Muitos até hoje se debruçam nas em intepretações acerca do que realmente aconteceu. Ocorre que inexistem análises que consigam chegar próximo dos fatos concretos e, dessa forma, o fenômeno Bolsonaro/2018 tem sido erradamente interpretado, como se fosse um axioma em si mesmo, ou seja, aconteceu porque aconteceu e pronto. 


Em clara tentativa de promover distorção dos acontecimentos, tem sido muito comum que se atribua a vitória eleitoral de 2018 ao discurso do então candidato Bolsonaro que, em toda a sua trajetória enquanto parlamentar, de quase 30 anos, sempre mesclou frases de efeito contra a criminalidade, contra a corrupção, contra impunidade de bandidos, em defesa da segurança pública e etc. Mas será que isso realmente explica? Então quer dizer que, de uma hora pra outra, ou mesmo impulsionadas pelo cenário de caos criado pelo PT, de repente, as pessoas resolveram ouvir um candidato que apenas discursava diferente dos demais?


Como não considerar, por exemplo, os movimentos populares de 2013, quando, em resposta a um movimento orquestrado pela esquerda, uma multidão de uma direita emergente tomou as ruas pela primeira vez, depois de décadas? As pessoas levavam cartazes em todas as capitais do Brasil com o bordão “Olavo tem razão”, algo inacreditável em se tratando de um simples escritor. A popularidade do Olavo de Carvalho era tão grande que o livro best-seller “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota” era exibido, com orgulho, por milhares de pessoas que comandavam as manifestações em todas as capitais e regiões metropolitanas de todo o país. O impacto do escritor foi tão grande que até mesmo Operação Lava-Jato, criada em 2009, mesmo comandada por esquerdistas tucanos, passou a contar também com forte apoio a partir de meados de  2013/2014, de forma que o apoio do povo impulsionou os posteriores resultados efetivos, com as prisões de corruptos, algo até então inédito no país. Veja as fotos de 2013, abaixo.

Olavo, apesar de radicado nos Estados Unidos, desde 2005, através de seus cursos e vídeos avulsos divulgados nas redes sociais, era extremamente popular, ao ponto do então Deputado Estadual Flávio Bolsonaro ter feito questão de ir à sua residência, na Virgínia, no ano de 2011, há 10 anos atrás, para entregar-lhe pessoalmente um medalha de honra, concedida pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, por meio de um pedido de sua autoria.  

Não é demérito algum admitir que o então deputado Flávio ainda tentava, no bom sentido do termo, “surfar” um pouco na popularidade do escritor já muito famoso e, de longe, o único e principal expoente da direita que se formava, ao mesmo tempo em que seu pai, Jair Bolsonaro, ia, aos poucos, ganhando espaço na mídia tradicional, por meio de aparições em programas sem muita visibilidade, como o Super-Pop da RedeTV , onde ainda era motivo de chacota por parte do mainstream midiático de baixo-escalão. 

Para comprovar a influencia do Olavo na eleição 2018 não tem sentido imaginar que todos que votaram em Bolsonaro tivessem necessariamente que conhecer o Professor. É como se os entusiastas de Stalin ou MaoTse Tung tivessem que ser, necessariamente, influenciados diretamente por Karl Marx ou Lênin. Ou até mesmo que o vereadorzinho do interior que apoia a ditadura comunista das crianças nas escolas do ensino básico tivesse que ser tido contato com o próprio Gramsci, em vida. Não tem sentido algum. 

O trabalho intelectual promovido pelo Professor Olavo, sobretudo por meio dos milhares de alunos do COF, o seu Curso Online de Filosofia, nas mais diversas áreas do conhecimento, é colossal, sendo, a formação da direita política no Brasil, apenas uma espécie de resto, apenas um efeito colateral natural, na medida em que é impossível flertar com alta cultura sem se tornar um anticomunista.   

Para tornar mais fácil a compreensão, podemos fazer uma comparação com o marketing multinivel. Para a direita brasileira, Olavo é esse aí do topo, acima de todos (ver figura). Abaixo dele tem centenas de youtubers, que possuem até mais seguidores do que o próprio Olavo, que os influenciou. Abaixo também tem muitos que foram influenciados e formaram novos grupos e movimentos conservadores, incluindo também influência sobre novos grupos evangélicos e católicos que passaram associar política e religião e também muitos que posteriormente, se tornaram detratores, como exemplo, vários ligados ao MBL, influencers como Nando Moura, entre outros. Muitos foram divulgados pelo Olavo de Carvalho e depois passaram a ter muito mais seguidores do que ele próprio e até passaram a ser muito mais conhecidos, na medida em que tinham, em alguns casos, o mérito de converter os aprendizados do Professor Olavo para uma linguagem mais palatável ao grande público. Até mesmo liberais que absorveram conteúdo do Instituto Mises, do qual Olavo foi grande colaborador em seu início, contribuindo para a indicação da bibliografia. 

Começou no Orkut e foi crescendo. Também são milhares de “comentaristas” de Instagram Facebook, Twitter e etc, influenciados pelos alunos dos alunos do Professor. São novos militantes voluntários que passaram a combater a esquerda, agora municiados de discurso, com régua e compasso, para debater nas faculdades, nos bares, nos grupos de família, chats e etc. 

Na figura ilustrativa, Bolsonaro está ABAIXO do Olavo de Carvalho. A corrente do Bolsonaro, que chegou depois, foi crescendo, crescendo, crescendo e cresceu muito mais do que a do Olavo de Carvalho, mas, inegavelmente, Bolsonaro herdou e foi contemplado por todo trabalho desenvolvido pelo Professor.

                                   

Aos poucos, naturalmente, foi surgindo a identificação entre um parlamentar honrado, que mantinha um discurso em defesa do legado dos governos do regime militar, contra a esquerda, com os alunos de um escritor que já influenciava milhões de pessoas, direta e indiretamente. Podemos dizer, sem medo de errar, que fora  do Rio de Janeiro, estado onde Bolsonaro já mantinha crescente base de apoio, os primeiros apoiadores foram os influenciados pelo Professor Olavo de Carvalho, que organizavam a recepção do capitão nos saguões dos aeroportos do Brasil afora. 

O fato é que muitos dos que acreditam ter ideias próprias possuem horizontes de consciência extremamente limitados e são incapazes de perceber, por exemplo, que se consideram de direita por terem lido livros, assistido vídeos, lido comentários em redes sociais, mas mal sabem que foram municiados por referências bibliográficas colocadas em circulação no Brasil pelo próprio Olavo. São incapazes de meditar sobre a origem das próprias ideias e acreditam mesmo que a notável mudança cultural verificada nos últimos anos brotou aleatoriamente.

É como se de repente, como mágica, as pessoas começassem a compreender e a interessar por temas antes ignorados no debate público, como por exemplo, "Globalismo" e os demais blocos de poder, "Foro de São Paulo", “doutrinação ideológica”, "Guerra Cultural", "Estratégia das Tesouras", mostrando que o PSDB era um Partido de esquerda, entre centenas de outros assuntos de ordem política, cultural, histórica, hoje tão populares nos discursos dos que se consideram direitistas e bolsonaristas. Não se perguntam como e porque nos últimos anos brotaram diversos debatedores e comentaristas sobre temas até então absolutamente ignorados por praticamente a totalidade da população. Quem foi mesmo que nos ensinou tudo isso?

Não se perguntam também como e porque a defesa de temas e pautas que até pouco tempo pareciam tabus ou terreno movediço, vieram à tona, com intensidade gigantesca. Diferentemente de um passado não muito distante, hoje, por exemplo, é muito mais fácil ser contra os abortistas, ser favorável ao armamento civil, ser contra o politicamente correto, o gayzismo, o feminismo, a ideologia de gênero, repudiar o comunismo/socialismo e etc. Aliás, sobre esse último, ao contrário, era bastante comum se achar “antenado” por não acreditar na existência da dicotomia direita x esquerda e que a ideologia comunista acabou com a queda do muro de Berlim.  

Tudo não aconteceu por acaso, mas a partir da quebra da chamada “espiral do silêncio”, conceito que explica a saída da prisão promovida pela influência intelectual do Professor Olavo que, sozinho, a partir de um aparato ínfimo (redes sociais, artigos, vídeos e livros, contra toda uma estrutura descomunal que inclui universidades, a mídia, entre outros) conseguiu mostrar a todos que a maioria sempre foi maioria.  Foi somente a partir do momento em que todos perderam a vergonha de defender, individualmente, temas que antes acreditavam não encontrar apoio da sociedade para suas convicções foi que a libertação foi possível. Nesse sentido, falar contra o gayzismo, por exemplo, ficou muito mais fácil a partir de quando se percebeu que a maioria daria respaldo ao que se tinha como convicção, ao contrário do que fazia imaginar a manipulação midiática.   

Olavo de Carvalho, despertando consciências, é o único responsável por cavar o buraco que hoje respiramos, já que foi ele quem criou a atmosfera para que a verdadeira direita, antes completamente alijada do processo político formal, passasse, a ter espaço no debate. Indiretamente, milhões de brasileiros foram impactados por Olavo de Carvalho, quer diretamente (por seus alunos) ou indiretamente (pelos alunos dos alunos dele), que hoje formam parte significativa da opinião pública brasileira, todos convertidos e/ou municiados pelas ideias da direita conservadora, automaticamente tornaram-se entusiastas da candidatura Bolsonaro.

Em 2014, Olavo dava a receita para o candidato que quisesse vencer a eleição. A sua explanação acerca do que o candidato deveria fazer para ser vitorioso poderia ser vista, por parte dos analistas tradicionais, como algo sem o menor sentido, afinal, os caminhos não seriam tão complexos como se imaginava. Basicamente, Olavo mostrava que aquele que apresentasse um discurso mortalmente conservador, falando a verdade, nada mais que a verdade, poderia vencer as eleições, mesmo sem dinheiro, sem estrutura partidária e contra a máquina do establishment. 



Por meio dos alunos do Professor, Bolsonaro ganhava cada vez mais apoio espontâneo nas redes sociais, de forma que ele próprio acabou incorporando boa parte dos ensinamentos e foi o único candidato com discurso frontalmente contrário ao establishiment, possuindo, sem dúvida, todos os seus méritos, no entanto, se não fosse Olavo, provavelmente não existiria a viabilidade da candidatura de Bolsonaro, nem a ebulição da opinião pública nos últimos anos. Em suma, Olavo criou a atmosfera necessária para que a candidatura de Bolsonaro pudesse se tornar viável. Foi Olavo, por exemplo, que fez o povo brasileiro entender que a corrupção é consequência da ideologia, não o contrário, e que, portanto, a ideologia de esquerda, que tem a aceitação da corrupção como instrumento revolucionário,  deveria ser combatida. 

Enfim, Bolsonaro incorporou em sua plataforma eleitoral e discurso os conceitos desenvolvidos pelo Professor, de forma que muitos que chegaram para apoia-lo já encontraram a sua candidatura viabilizada. Quem não compreende isso é um retardado mental. 

Satisfeita a conclusão do que levou Bolsonaro a vitória, devemos retomar a análise do cenário atual, no qual, ao mesmo tempo em que a pequena direita se encontra dividida, os inimigos do Brasil estão cada vez mais unidos. É lamentável que, aos poucos o governo Bolsonaro tenha sido esquerdizado e todos os conservadores tenham sido marginalizados.  Os conservadores foram expulsos do governo e o próprio Bolsonaro parece não ter mais compromisso com as pautas que ele próprio empunhou em 2018. Apesar de manter boa parte do discurso, seus atos vão muitas vezes em direção diametralmente oposta. Pode até continuar falando contra o comunismo, mas não toma ações objetivas para combatê-lo.

Na direita, os aspirantes a novos representantes parecem ter aprendido direitinho a fórmula para  impressionar a massa, sem precisar de ações efetivas, mas apenas fingir que está lutando contra o establishment e, considerando que as pessoas perderam a sensibilidade de diferenciar o discurso da prática, o Presidente Bolsonaro é visto como “o último bastião da nossa liberdade”, mas é justamente na nação na qual ele é o mandatário que temos dezenas presos por “crime” de opinião”, a ditadura do STF está instalada,  pessoas estão sendo obrigadas a tomar vacinas experimentais, que os governadores roubaram bilhões na fraudemia e que bandidos quebraram a economia com lockdowns absurdos, sem serem punidos.

Bolsonaristas dizem que o presidente não pode fazer nada e, pra justificar ausência de reação, admitem que não temos democracia, mas sim ditadura do STF, calcada em forças globais. Mas, paradoxalmente, estes mesmos que sabem que estão em uma ditadura apostam que, com urnas que consideram fraudáveis, reelegendo quem não pode fazer nada, tudo melhorará. 

Na mesma linha contraditória, Bolsonaro, como chefe supremo das forças armadas, em tese, não seria obedecido caso usasse a prerrogativa constitucional que tem, para, na base da força, reestabelecer a ordem constitucional, garantindo os direitos que estão acima da própria constituição, como exemplo o de ir e vir, atualmente cerceado pela Ditadura do STF. A pergunta que cabe é: Se Bolsonaro desse uma ordem constitucional que não fosse cumprida pelos generais, isso também não seria positivo? Não seria interessante que o povo soubesse, de uma vez por todas, que não está em uma democracia? Ou é melhor mesmo continuar cometendo o erro mais perverso que é não admitir que se rendeu? 

Enquanto continuar fingindo que governa, ou seja, maquiando de democracia a atual ditadura, Bolsonaro vai continuar mantendo falsas esperanças de reação e anestesiando milhões de pessoas que talvez reagissem por conta própria. Afinal de contas, o Brasil é o único país do mundo onde o esquema comunoglobalista não tem encontrado resistência popular para fazer a sua agenda avançar, simplesmente porque milhões de pessoas passaram a acreditar que tudo será resolvido a partir da reeleição de um super-herói. O tsunami da massa foi freado pelo pedido do Bolsonaro, no dia 08 de setembro, com o “vão para casa que eu vou resolver”, para em seguida apresentar a cartinha escrita pelo Temer, ao passo em que os influencers da direita passaram reforçar a necessidade de continuarmos crendo em eleições.

Será que é absurdo afirmar que quem trata eleição de 2022 como sendo esperança é ignorante ou canaIha que seve ao establishment? Depois da rejeição do voto impresso e, sobretudo da consolidação da Ditadura do STF, maquiada de “democracia” por Bolsonaro, simulando governar, só ignóbeis se entusiasmam com eleição.

Não há dúvida alguma que Bolsonaro é o ser-humano mais popular de todos os tempos e que, sem fraude nas urnas, ele será reeleito, mas será que vai adiantar alguma coisa? A esquerda nacional quer Bolsonaro fora da cadeira, no entanto, os operadores dos blocos de poderes de poder, notadamente o Pardido Comunista Chinês e o Bloco do Globalismo Ocidental, que controlam a própria esquerda brasileira, já percebem que Bolsonaro nao é mais empecilho, ao contrário, é a única forma de fazer a agenda deles avançar, mantendo o povo calmo, sem reagir.

O problema piora quando muitos se consideram “conservadores” passam a adjetivar de “revolucionários” os que buscam restabelecimento imediato da ordem.  Será que ainda crêem na vigência do “estado democrático de direito” e acham que preservar instituições ocupadas por revolucionários é ser revolucionário? Ignoram que revolução já foi feita e os revolucionários já estão no poder, ocupando as instituições públicas e privadas e que, em verdade, ao invés de legitimar um sistema já dominado pelo inimigo, só nos resta a reorganização da maioria pra LIMPAR as instituições ocupadas por uma minoria revolucionária e é evidente que isso não será feito sem o trabalho intelectual, de forma que a revisita aos ensinamentos do Professor Olavo de Carvalho se torna pré-requisito fundamental.


Leonardo Dias 
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Nota do editor: “A opinião de nossos articulistas não reflete, necessariamente, a opinião do grupo Brado”

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