Em um jantar privado em 30 de junho, o apresentador de podcast Joe Rogan instou o presidente Donald Trump a reconsiderar a deportação de trabalhadores migrantes sem antecedentes criminais, segundo fontes citadas pelo *The Washington Post*. Acompanhado pelo presidente da UFC, Dana White, o trio discutiu as políticas de imigração do governo Trump. Dias depois, no episódio de 3 de julho do *The Joe Rogan Experience*, Rogan expressou frustração, chamando as operações do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE) de “insanas” por terem como alvo trabalhadores sem histórico criminal, como jardineiros e operários da construção.
Rogan, de 57 anos, que nega qualquer filiação política formal e se identifica apenas como “americano”, foi uma figura-chave na campanha de Trump em 2024. Seu apoio, junto com o de influenciadores como Adin Ross e Theo Von, ajudou a conquistar o voto de jovens do sexo masculino. Sua influência foi amplificada por uma entrevista de três horas com Trump em seu podcast, onde Rogan riu enquanto o presidente repetia alegações desmentidas sobre a eleição de 2020 ter sido roubada.
Antes do jantar, Rogan já havia criticado a abordagem agressiva de deportações, afirmando em 18 de junho que os eleitores não apoiavam prisões em massa em locais como Home Depot ou canteiros de obras. Seus comentários vieram após operações do ICE em Los Angeles naquele mês, que desencadearam protestos, tumultos e confrontos com a polícia, levando à mobilização da Guarda Nacional da Califórnia pelo governo federal.
Trump reconheceu o impacto negativo das deportações, admitindo em um comício em Iowa na última semana que elas prejudicaram, especialmente os agricultores. Ele mencionou estar trabalhando em uma legislação para permitir que trabalhadores indocumentados na agricultura e na indústria hoteleira permaneçam nos EUA, observando que alguns foram “expulsos de forma bastante cruel”. No entanto, na terça-feira, a secretária de Agricultura, Brooke Rollins, contradisse essa ideia, afirmando que não haveria “anistia” para trabalhadores agrícolas migrantes. Ela destacou uma mudança para a automação e o uso de cidadãos americanos, incluindo beneficiários do Medicaid, para suprir a demanda por mão de obra.
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