O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido a uma intervenção cirúrgica para eliminar lesões cutâneas neste domingo (14 de setembro de 2025), em um hospital localizado em Brasília. O boletim médico, divulgado após o término dos procedimentos, indicou a presença de anemia decorrente de deficiência de ferro, além de imagens residuais de uma pneumonia recente causada por broncoaspiração, detectadas em tomografia de tórax. O paciente ingressou na unidade de saúde às 8h e obteve alta por volta das 14h, retornando à prisão domiciliar sob escolta policial reforçada.
De acordo com o documento assinado pelos médicos Cláudio Birolini, Leandro Echenique, Guilherme Meyer e Allisson Barcelos Borges, Bolsonaro recebeu reposição de ferro via endovenosa durante a internação. O texto oficial afirma: "Os exames laboratoriais evidenciaram quadro de anemia por deficiência de ferro e a tomografia de tórax mostrou imagem residual de pneumonia recente por broncoaspiração". Além disso, o ex-presidente continuará com tratamentos para hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico e medidas preventivas contra broncoaspiração, condição mais frequente em idosos ou indivíduos com dificuldades de deglutição, como no caso de problemas relacionados ao refluxo.
A anemia, caracterizada pela diminuição da hemoglobina no sangue, afeta o transporte de oxigênio pelo organismo e pode manifestar-se por meio de sintomas como fadiga, fraqueza, falta de ar, tonturas, dores de cabeça e palidez na pele e mucosas. Ela pode agravar riscos em patologias subjacentes, incluindo insuficiência cardíaca, doenças renais, pulmonares e oncológicas. No contexto de Bolsonaro, o chefe de sua equipe médica, Dr. Cláudio Birolini, atribuiu o agravamento da anemia a uma "alimentação mal feita" nos últimos 30 dias, descrevendo o estado geral de saúde como "fragilizado". O médico destacou: "Seguiremos acompanhando Bolsonaro de perto, tanto de vista do pós-operatório, como questões intestinais, pneumonias que ele vem tendo."
Quanto ao procedimento dermatológico, foram removidas oito lesões na pele, situadas no tronco e no membro superior direito, por meio de exerese marginal. Essa saída da prisão domiciliar ocorreu três dias após a condenação a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e outros delitos, com autorização judicial exclusiva para fins médicos. Bolsonaro, que já enfrentou complicações como esofagite, gastrite e infecções pulmonares decorrentes do atentado a faca em 2018, passou por uma cirurgia de 12 horas em abril de 2025 para reconstrução da parede abdominal, com quadro estável pós-operatório.
O ex-presidente mantém soluços persistentes e uma ingestão alimentar inferior ao ideal, conforme relatos médicos. Nos próximos dias, será avaliada a necessidade de intervenções adicionais. Essa é a primeira saída de Bolsonaro desde a sentença, ocorrida sob forte esquema de segurança, com manifestantes na porta do hospital o saudando como "mito" e clamando por seu retorno ao poder.
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