O presidente americano Donald Trump compartilhou em sua rede Truth Social uma breve avaliação positiva sobre o telefonema mantido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando o foco em temas econômicos e comerciais, e sinalizando um encontro pessoal "em um futuro não muito distante", sem revelar detalhes sobre quando ou onde isso ocorrerá. A declaração, limitada a 66 palavras, contrasta com a versão mais extensa de 208 palavras publicada por Lula no X (antigo Twitter), e com o comunicado oficial do Planalto, que teve 235 palavras e evitou mencionar o horário preciso da ligação.
O diálogo, que se estendeu por aproximadamente 30 minutos na manhã de segunda-feira (6 de outubro de 2025), demandou tradução simultânea por conta das diferenças linguísticas, reduzindo o tempo efetivo de interação para pouco mais de 20 minutos. Trump descreveu a conversa como “muito boa”, enfatizando a ênfase principal na economia e no comércio, mas passou em branco o apelo de Lula para rever as punições aplicadas a figuras do Judiciário brasileiro, incluindo o ministro do STF Alexandre de Moraes, cujos vistos foram cancelados e que foram alvos da Lei Magnitsky. Além disso, o americano não tocou nas tarifas de 50% sobre importações brasileiras, estabelecidas em 9 de julho de 2025.
Do lado brasileiro, Lula propôs durante a chamada um encontro cara a cara na cúpula da Asean, agendada para Kuala Lumpur entre 26 e 28 de outubro, e estendeu um convite para que Trump participe da COP30, marcada para Belém em novembro embora não haja confirmação de adesão por parte do republicano. A ligação foi antecedida por um contato rápido nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em 23 de setembro, e o governo Lula a qualificou como "amistosa". Para avançar nas negociações, Trump indicou o secretário de Estado Marco Rubio como interlocutor principal com o Brasil, onde as tratativas cabem a Mauro Vieira, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, sem indícios sobre se haverá uma rodada preparatória presencial ou sua data exata.
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