Doações ou investimento?

Quando vi nos meios de comunicação a lista parcial de doadores de campanhas políticas, confesso que me surpreendi. Antes de entrar nos motivos da surpresa, deixa eu dizer que respeito o direito de cada um fazer o que bem entender com seu dinheiro, depois que as doações empresariais foram proibidas, cabem apenas auxílio de pessoas físicas, respeitados os limites legais. Direito respeitado, mas me permito especular sobre os motivos. 

A minha surpresa foi ver empresários doarem para o Partido dos Trabalhadores. Ora o poderoso chefão desse agrupamento, Lula, deixa claro que suas teses são opostas aos interesses de quem luta pela livre iniciativa. Vejamos: apoia o MST, defensor de invasões de terras particulares e produtivas. Será que Ometto, Grendene e outros que têm fazendas estão comprando uma proteção a invasões de suas fazendas com tais doações? Isso, para mim, tem cheiro da mesma proteção com que milícias aterrorizam comerciantes nas periferias. Será que esqueceram da violência com que agia o MST, destruindo propriedades, incendiando galpões e devastando plantações experimentais. Mais ainda: invadindo residências, humilhando seus donos e defecando sobre móveis e tapetes.   Por simples lógica donos de terras produtivas não deveriam ser contra tais barbaridades?

E os banqueiros? Vivem da livre iniciativa! Dependem de seus correntistas e de seus recursos. Por que apoiam Lula?  Revoltados porque Bolsonaro criou o PIX, que fez inclusão de milhões de brasileiros no Sistema, permitindo-os terem contas bancárias. Ou porque Bolsonaro liberou as Fintechs e Bancos Digitais, que fazem sucesso entre os jovens, que não mais precisam ir a Bancos, pois fazem tudo desde seu celular ou computador. Por que não encaram o preceito básico da liberdade, que é a livre concorrência? Sinalizam com seu apoio que preferem Lula, pois esse vai manter inalterada sua reserva de mercado.